segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reflexo do nada...

Este texto eu escrevi no início de 2008, sem motivo aparente, apenas como desabafo contra todas as notícias que, então, eu via. E estava recordando disso à pouco e vi que nada mudou, vejam:

A Sociedade é Prostituta

E não é? Passam-se os anos e a profissão mais repudiada é a face da sociedade. O Brasil é um bordel. Um imenso e pervertido prostíbulo. E nem pra serem belas garotas de programa. São incríveis monstros que se vendem por tão pouco, nada. Somos prostitutas de tudo e todos. O viés de nós mesmos.

Somos prostitutas de políticos eloqüentes, com discursos moralistas! Malditos hipócritas! Eles falam bonito e lá se vai o sutiã do povo. Aos brados sociais e... Opa, cadê a calcinha? Últimamente nem isso mais é necessário. Abrimos as pernas à um ex-sindicalista convertido e sua trupe. Oferecem um salário (bem) mínimo e damos 4 ou 8 anos para eles gozarem. Somos prostitutas até da oposição, com sua aura ‘angelicalmente obscura’. Nem quem combate os culpados são inocentes.

Somos putas dos meios de comunicação também. A onda é transmitir televisão em alta definição, mas a programação continua de baixa qualidade. Mas a imagem é bonita! As revistas inventam de tudo pra montarem em nós. Pagam com belas capas e mentiras deslavadas. Compram a nossa insatisfação pela impunidade com denúncias que nem sempre conferem. É como um cliente que diz que quer casar-se e promete uma vida dos sonhos após uma deliciosa transa. Mentirosos! Enchem-nos de esperança...

Somos prostitutas até de nossos clichês. O carnaval é o cliente que paga mais por aquelas ‘regiões proibidas’. Nunca aparece só. Adora uma orgia. Mas só nos ‘come’ uma vez ao ano. Já o futebol é o cliente para nós, os prostitutos. Assíduo, só dá um tempo no fim do ano, quando tira férias. Assíduo e paga bem! A cachaça é outro frequentador do Bordel Brasil que prefere figuras masculinas. Às vezes é bissexual e ataca conforme seu desespero. Esse é perigoso porque é o mais gostoso, mas nunca acerta a conta no final.

Talvez o Brasil não seja um bordel e sim uma grande balada. Danceteria, festas rave, essas coisas. E a população não é prostituta. Afinal, prostituta trabalha na ‘imoralidade’, mas ao menos cobra por seus serviços. Já nessas festas têm pessoas que se doam – pegou, levou. E com sorte você ainda consegue uns brindes.

Mas supondo que sejamos prostitutas e os nossos responsáveis clientes, faltaria definir o personagem cafetão...

“A voz do povo é a voz de Deus.”

Deus os abençoe.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Contos de Bruxas

Caros amigos. estou aqui escrevendo, tentando de alguma forma fazer vocês lembrarem das graciosas histórias que nos contavam antes de dormirmos. Sim, aquelas, daquela maravilhosa época em que a fantasia era vista de forma pura, e não uma vertigem causada por entorpecentes.

Bom, essas histórias serviam de alguma coisa. Na verdade tinha um objetivo simples: nos educar. Contudo, crianças são muito verdadeiras e nós acabávamos por quase acreditar, senão acreditávamos, de certa forma, nas criaturas fantasiosas das histórias fantásticas.

Crescemos ouvindo essas histórias e sendo bombardeados com moral. Chega a adolescência, a maioria se revolta, talvez, por conta dos hormônios em erupção. Tá. Daí chegamos a idade adulta e nos corrompemos por completo?!

Sinto que sinceramente, sou de fato, uma criança que não se tornou adulta, e nem quero! Digo isso por perceber a falta de sinceridade e honestidade que existem nas pessoas, ditas tão maduras, tão vividas.

Certa vez, disse ao meu irmão caçula de cinco anos, que para ele se tornar um homem, precisava ter caráter. Ser altruísta. Ter umbridade. Claro. Características de um verdadeiro herói de histórias infantis, e que não correspondem aos homens que encontro por ai. Isso me deixa perplexo, chateado.

E vocês o que pensam? Ter virtudes hoje em dia são próprias apenas de heróis infantis? Reflitam sobre os homens da atualidade, sobre o que nos tornamos do que éramos quando criança.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Amigo é coisa pra se guardar...

Uma das coisas mais bonitas da vida, na minha opinião, é você gostar e sentir falta de pessoas que não possuem nenhum vínculo sanguíneo, ou qualquer tipo de obrigação com você. Você gosta e sente falta simplismente pelo fato de sentir um prazer inigualável ao estar acompanhado de determinadas pessoas.

Isso é o que chamamos de amizade. É querer o bem. É amar. Estar por perto, mesmo estando longe. Fazer coisas bacanas e pensar como seria bom se o seu amigo estivesse junto, dando risada e se divertindo com você.

É dizer verdades. É estar ao lado nos momentos de dor, e não só nos momentos de alegria.

Eis o ponto. Vocês já notaram como são fortes os vínculos que a nossa amizade criou? Já não somos mais um grupo de amigos que pode deixar de ser um grupo de amigos com o passar do tempo. Os laços que nos unem são indestrutíveis.

Não tem mais jeito. Estamos fadados às piadinhas do Pedro, aos mal-dizeres do Dedão em relação à Deus, às teorias socialistas do Raul, à finais de semana na casa da Gorva contando histórias de terror, às festas de aniversário da Bohem e do irmão dela, ao Murilão e seus instrumentos musicais, ao Sasá e os enquadros que ele toma semanalmente, estamos fadados também à dizer sempre que o Morcegão aparecer com a camiseta do Seu Madruga,Itálico que ele está pelado e que tatuou o cara na barriga, fadados às festas surpresa que todo ano acontecem aqui na minha casa no meu aniversário, e eu sempre finjo que não estava esperando, sem contar nos agregados, Aninha, Nené, Simone, Espiga, Selminha, Felipe, Artur psy, Pépe (rs) destes, alguns obviamente são mais queridos, então o fardo não é tão pesado.

Enfim... somos uma família. Que ri, que zoa, e que acima de tudo, AMA. Todos nós nos amamos. Esse final de semana passamos por mais uma experiência, de fortalecimento e de demonstração de carinho e de querer bem. Não foi a primeira vez que estivemos juntos, num momento de dor. E lá estávamos nós. Juntos, e dispostos a tentar apoiar um amigo.

Escrevo tudo isso, simplismente pra tentar dizer como é importante esse laço que possuimos, e das grandes conquistas da vida, essa sem dúvida é das mais importantes. Amigos. É isso que somos, pra sempre seremos, na alegria e na tristeza.

Eu amo vocês. Obrigada por serem meus amigos.