Caros amigos. estou aqui escrevendo, tentando de alguma forma fazer vocês lembrarem das graciosas histórias que nos contavam antes de dormirmos. Sim, aquelas, daquela maravilhosa época em que a fantasia era vista de forma pura, e não uma vertigem causada por entorpecentes.
Bom, essas histórias serviam de alguma coisa. Na verdade tinha um objetivo simples: nos educar. Contudo, crianças são muito verdadeiras e nós acabávamos por quase acreditar, senão acreditávamos, de certa forma, nas criaturas fantasiosas das histórias fantásticas.
Crescemos ouvindo essas histórias e sendo bombardeados com moral. Chega a adolescência, a maioria se revolta, talvez, por conta dos hormônios em erupção. Tá. Daí chegamos a idade adulta e nos corrompemos por completo?!
Sinto que sinceramente, sou de fato, uma criança que não se tornou adulta, e nem quero! Digo isso por perceber a falta de sinceridade e honestidade que existem nas pessoas, ditas tão maduras, tão vividas.
Certa vez, disse ao meu irmão caçula de cinco anos, que para ele se tornar um homem, precisava ter caráter. Ser altruísta. Ter umbridade. Claro. Características de um verdadeiro herói de histórias infantis, e que não correspondem aos homens que encontro por ai. Isso me deixa perplexo, chateado.
E vocês o que pensam? Ter virtudes hoje em dia são próprias apenas de heróis infantis? Reflitam sobre os homens da atualidade, sobre o que nos tornamos do que éramos quando criança.
Hoje em dia parece que ter virtudes é algo errado... Parece que cada um tem só que chegar ao lugar mais alto... Nem que para isso tenha que passar sobre a cabeça de outras pessoas...
ResponderExcluirSegundo as regras de hoje só os "espertões"vez...
As virtudes ainda estão aí, só que maquiadas e reprimidas...
A frase, inteira, deveria ser: Segundo as regras de hoje, só os espertões tem vez...
ResponderExcluirCompletando, no fundo é como tudo, é a questão de querer cultivar as virtudes para que elas cresçam... Agora, é bom cultivar primeiro o desapego, pois não vá esperando muitos elogios...
Achei esta frase de Rui Barbosa em meio as minhas andanças, acho que cabe bem ao assunto:
ResponderExcluir“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”
Manter a pureza da criança que existia em nós é bem complicado num mundo onde cada um defende os próprios interesses, muitas vezes a pessoa num é má, mas tentando prevalecer seu pensamento e suas verdades acaba sendo cruel e desonesta com outra, é uma questão de quem age e de quem é atingido.
ResponderExcluirO homem honesto se torna vítima na sociedade onde as injustiças prevalecem. E quem quer ser vítima? Com poucas opções fica mais fácil ser também injusto.
Ainda acredito que enquanto houver pessoas que acreditam no caráter adulto baseado na pureza de uma criança o mundo ainda tem esperança.
Como nas histórias infantis na vida é preciso os dois lados para dar a emoção, e no final sabemos quem sempre vence!
Sinceramente? Nunca tive a utopia de acreditar no caráter social. Nem quando criança. Estranho... Talvrz isso por si só, já me faça um mau caráter. Mas cresci acreditando que um dia passariam a pena em mim, ou então seria prejudicado. E nada disso tem a ver com a educação que tive. Minha mãe nunca fantasiou sobre os rumos que a vida adulta segue. Mas tb nunca disse que seria um cenário de filme de terror.
ResponderExcluirSobre a sociedade em si, depois de ler Maquiavel, as coisas ficaram mais claras ainda... É o velho clichê de 'os fins justificam os meios', mas reflete bem o que acontece. Será que o 'Principe' de hj faz o que faz visando o bem de seus suditos?
É o que me pergunto.
A conclusão que chego é que somos ruins por natureza, salve raras exceções...
Talvez um príncipe ou outro... Um patrão ou outro... Tantos exemplos ou outros...
ResponderExcluirMas discordo de que somos ruins por natureza... A sociedade lapida o homem... Resta saber como nós trabalharemos com a parte da sociedade que nos é imposta...
Eu concordo em partes, contigo, Lucas.
ResponderExcluirÉ que cai no determinismo, onde o ambiente forma o caráter. Isso é o mesmo que dizer que na favela só tem bandido, ou na 'Igreja' só tem santo.
Acho que fui muito genérico no exemplo, digo sociedade, mas mais no sentido de família, ou uma pequena comunidade...
ResponderExcluirAlguém um dia me disse, que o individuo é influenciado pela sociedade em que vive, mas o seu caráter ou falta dele prevalece para torná-lo quem realmente é.
ResponderExcluir...eis que viver "neste" mundo é um desafio deveras emocionante e ao mesmo tempo absurdo, contraditório e muito arriscado...somos lançados como "pedras" num "jogo" da vida e....sobreviver é preciso...é mesmo preciso? temos mesmo q sobreviver? e além do mais pagar pra isso? ora, ora,ora...e quem foi que inventou as regras? acaso eu o mais interessado em saber as regras nem fui consultado se concordava com elas...e aqui estou, sem concordar, sem saber pra que ou porque estou aqui "neste" mundo...jogo, peleja, falcatrua, ilusão, ah...é preciso muita astucia, perspicácia, atenção...as armadilhas são muitas, certo? errado? quem disse q um é melhopr q outro? ts ts ts...nada disso...tudo é uma coisa só...será? bom, as possibilidades no que poderemos ou não nos transformar são muuitas....mas o que realmente se faz o grande desafio não é exatamente em "quem" se transforma o homem...mas sim, a capacidade de passar por "este" mundo e conservar em meio a tantas intempéries...aquela mesma pureza que se traz da infância...conservar a alma pura no meio de tanta sujeira, profanação e promiscuidade...só mesmo para estes de caráter inabalável e fonte inesgotável destes que se tornam heróis e fonte de inspiração... para os contos que serão lançados para mais crianças...na esperança de que mais herois se façam...como foi no principio e pra sempre...pq alguém tem que acreditar e lutar para preservar o que de mais valioso existe no "ser humano"....
ResponderExcluir!!!
ResponderExcluirBom, dizem os Kardecistas que somos nós mesmos, antes de voltar a vida na terra, que decidimos mais ou menos como jogaremos, e concordamos com as regras... Sinceramente, espero demorar a descobrir...
Outro ponto: Algumas pesquisas científicas chegaram a conclusão de que o caráter é um traço especificamente genético, ou seja, a natureza simplesmente humana nos levar a cometer nossos atos. Porém a conclusão predominante diz que todo humano nasce munido da capacidade de bloquear cada desejo que passa pela mente, resta a nós treinar.