sábado, 28 de março de 2009

Mali, a Terra da Garoa


E aqui estou mais uma vez, na madrugada de sexta para sábado. Dizem que a inspiração não tem hora para aparecer, não é? Estava dormindo deliciosamente ao som de um músico maliano (?), de Mali (!) - quem não me conhece já deve ter percebido que a música tem um espaço na minha vida maior que o da Igreja Universal no canal Record de madrugada - e tive um sonho interessante, pra mim, evidente, não pra vocês e por isso mesmo não irei contar (aliás, têm sido rotina ter bons e estranhos sonhos). Mas acordei com a impressão de estar chovendo. Não uma chuva torrencial, uma tempestade e sim uma garoa fraca mas cortante e constante. Talvez em Mali chova bastante, não sei. Acordei também pensando no sonho e no que aconteceu - tá, vou contar um trechinho dele - onde uma amiga foi viajar comigo para a casa de um parente meu, em Jacareí, e de uma hora para outra ela desapareceu. Onde você foi parar, Tainah? Talvez tenha sonhado com ela por ter conversado minutos antes com a própria ao telefone ou talvez porque ando meio preocupado com a menina. Enfim, sonho estranho.

Mas acordei pensando na Tainah e na chuva, embora soubesse que ela estava bem em sua casa. Mas e a chuva? Ouvia até relâmpagos distantes. Então acordei de vez, olhei através da janela e observei que apesar do tempo nublado, característico de outono, a chuva não existia. Claro, no outono dificilmente chove! Mas a impressão ficou e até torci para que tivesse garoando, como pensei estar. Então despertei de vez e troquei a trilha sonora da minha noite, vim para a internet e ao bater os olhos nas notícias do Uol, que é minha página inicial do meu navegador, vi que a Srta. Daslu foi solta e deve estar em casa, comendo um caviar - pobre sempre pensa que rico come caviar e toma champagne, como se fosse o que eles fazem o dia todo - e lembrei do Raul, que na postagem anterior citou o caso. E também vi algo sobre o Obama, de relance, que me fez lembrar de uma amiga chamada Ana e mais alguma coisa sobre comida que me fez lembrar das minhas, outras, amigas Camilas. Acho que é saudade desse povo. Mas ainda tenho a impressão da garoa.

Troquei a trilha sonora da minha noite, como dissera anteriormente, e coloquei o albúm Dreamland de Madeleine Peyroux, intérprete de jazz americana, que canta também em francês, que por sinal é o idioma de Mali. Que país simpático, deve estar garoando por lá. No fim das contas, acho que eu vou ver Fala que Eu Te Escuto, na Record... uma boa noite à todos. E como sugestão musical deixo duas: Ali Farka Touré (aquele músico da simpática Mali) e Madeleine Peyroux (do não tão simpático Estados Unidos, do Obama). E, por preocaução, andem com seus guarda-chuvas à mão.

Um comentário:

  1. Sensacional, interessantíssimo as divagações, a relação entre a fantasia musical, o mundo onírico e a realidade.

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