Certamente, tal título causará estranheza, mas deixe-me esclarecer. Na verdade me ocorreu com algumas coisas que aconteceram recentemente, e percebi que nós desvalorizamos as coisas muito rápido. Por exemplo, almejamos tanto algo, fazemos de tudo para consegui-lo, no entanto, quando conseguimos após um breve período nos "acostumamos" e a impressão é de que tal conquista "ficou sem graça".
Contudo passei a pensar sobre qual a origem deste pensamento comum, o que torna as coisas que tanto nos custou, descartáveis. Nós quando espermatozóides lutamos tanto pela vida, para ter oportunidade de respirar, que quando passamos a fazer isso, muitas pessoas logo acham algo tão comum, e não percebem o milagre que é cada inspiração, cada expiração. Oras devíamos valorizar sim tal fato. Porém andei por algumas culturas mais antigas, e a actual. Antigamente a relação do homem com as coisas naturais e com a sua própria humanidade era algo totalmente valorizado. Hoje nós não valorizamos nem a natureza, quanto mais nossa humanidade. Fico pensando se tem algo a ver com a filosofia capitalista, por exemplo: Temos um aparelho celular que nos atende perfeitamente. No entanto, quando se lança um esteticamente mais bonito, com uma outra função magnífica. A maioria passa a desejar, senão troca o seu produto. E óbvio isso é aplicado à diversos outros "mals" materiais que temos.
Não quero aqui execrar uma ou outra vertente política, só estou pensando se a filosofia capitalista e a contribuição da midia não deturpam tanto as pessoas, que passam a tratar uma as outras como meros produtos. Assim os pais se tornam obsoletos, os amigos moda, a namorada boneca inflavel, os colegas ferramentas, os velhos peças de ferro velho, as pessoas meros representantes do cenário da vida de cada um. A natureza? Talvez um meio de atingirmos o topo de uma filosofia como a capitalista, que se desenvolve basicamente da exploração, ou estupro da matéria prima.
Enfim, onde está a humanidade nos homens ? E onde ele se acha no espaço da natureza ? Dono ou parte ?
Interessante sua abordagem, mesmo que discorde que os males do mundo, inclusive ambientais são graças ao capitalismo. Já discutimos um tanto sobre isso e acredito que a culpa seja da natureza humana, insólita e obscura, para os padrões de conduta que gostaríamos que tivessemos. Mas esta questão levantada é primordial para entender todo o processo degradante da sociedade e da natureza: a insegurança, aliado à competitividade e a ganância natural que possuímos, ao meu ver, é claro!
ResponderExcluirjá eu, não concordo com esse simplismo de dizer que tudo é fruto da natureza humana. há um mundo de complexidade que influi no que nos tornamos. falar somente em natureza é reduzir a humanidade ao seu dna. daí vem a idéia darwinista, de forma errada, a serviço do nazismo, por exemplo.
ResponderExcluirtodos os males podem não ser exclusivos do capitalismo, mas essa exploração desordenada que tem como fim o lucro, sim, esse é um mal do capitalismo.
Entendo que o capitalismo tenha sido originado por seres humanos, através da evolução de outras ideologias filoso-politicas. Se é o melhor? Talvez não. Mas acredito que é o que tenha funcionado; é questão de funcionalidade e eficiência. Se disserem que foi elaborado por pessoas mau-caráters, gananciosas e exploratórias, digo-lhes que todos somos então, pq aceitamos passivamente todo esse processo, feita raras exceções que não deram em muito resultado. A exploração desordenada que foi citada é apenas (não desimportante) um exagero que acabamos sucumbindo. E sobre a questão do meio ambiente, há bons estudos que dizem que esse tal aquecimento global é fruto de uma processo do planeta, e independe dessa lamentável devastação da natureza que está sendo feita. Que fique claro que não concordo com essa matança verde, mas há um movimento muito eco-chato que muitas vezes nos cega para um fato.
ResponderExcluirBom, na verdade eu não quis focar tanto o sistema político em si. Quis de fato colocar uma situação em que sua filosofia acaba dando um fim.
ResponderExcluirHã em relação à natureza humana acho relativo, a índole das pessoas é muito variável. Só que se fosse pro homem seguir sua natureza mais insana, creio que estaríamos em Esparta, não nesse modelo Ateniense cheio de corrupção e más intenções.
Mas há um sentido de humanização, querendo dizer que há um reconhecimento do ser humano como espécie e há o entendimento das complexidades que passamos todos. E esses fatores contribuem para uma empatia de nós como espécies.
Enfim, isso daria outro post, mas há uma escolha, sempre, no nosso dia-a-dia, acerca do nosso futuro. Não creio que sejamos passívos e concordemos com sistemas. Ele impera indenpendente de um outro concordar ou não, já estava aqui, mas eu posso me expressar e posso fomentar nas pessoas a atitude de buscar algo diferente, algo melhor.
Quanto a eficácia creio que a sociedade em si, ainda não está preparada para receber outro sistema político mais aberto. Tenho fé nas futuras gerações. Realmente é uma pena, mas o futuro depende de nós no presente.